Dia destes fui num velório.
Era o velório de um cônjuge de uma pessoa muito querida e bem colocada no mundo empresarial.
Mandei uma coroa de flores que foi colocada numa sala ao lado do velório.
Era uma sala grande e que estava repleta de coroas de flores. Uma encostadinha na outra.
Tinha tanta coroa que nem dava para ver as fitas com os dizeres de quem as havia mandado.
Calculo houvesse mais de 80 coroas nessa sala! Eu e mais um monte de “gente pessoa jurídica”, havíamos mandado flores.
Fiquei pensativo: aquele exagero de flores? Qual a motivação principal dos que as enviaram?
E por que eu mandara flores se nem conhecia a pessoa que morreu?
Quem eu conhecia era o cônjuge da pessoa morta, com quem mantinha relações profissionais.
Teria mandado flores apenas por interesse comercial? Ou teria mandado para demonstrar carinho, apoio e apreço pela pessoa que eu conhecia?
Ou ambas as coisas?
E porque as flores vem com uma faixa identificando quem as mandou?
Mandamos as flores pelo morto? Pelos parentes do morto? Ou para que nosso nome apareça na fita que decora a coroa?
Nosso modo de agir. O modo como as coisas são. Tantas coisas interessantes para se pensar…